Ode à bicicleta

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Ia pelo caminho calorento,  O sol como um milharal em chamas  E a terra um infinito círculo caloroso com o céu azul em cima, desabitado.  Passaram junto a mim as bicicletas,  Únicos insetos daquele minuto seco do verão,  Furtivas, velozes, translucidas parecendo só movimentos de ar.  Os trabalhadores e as garotas pedalavam para as fábricas,  Entregando seus olhos ao verão,  E suas cabeças ao céu,  Sentados nas asas das vertiginosas bicicletas  Que assobiavam cruzando pontes, rosais, arbustos ao meio dia.  Pensei neles à tarde,  Talvez, depois do banho, cantem, comam e brindem o amor e a vida com uma  taça de vinho.  E, à porta, esperando, a bike imóvel porque só de movimento foi sua alma,  E ali, caída não é inseto transparente que viaja no verão,  Mas estrutura fria que sozinha recupera um corpo errante  Com a urgência e a luz,  Ou seja, com a ressurreição de cada dia.  (Pablo Neruda, 1956)

Ia pelo caminho calorento,

O sol como um milharal em chamas

E a terra um infinito círculo caloroso com o céu azul em cima, desabitado.

Passaram junto a mim as bicicletas,

Únicos insetos daquele minuto seco do verão,

Furtivas, velozes, translucidas parecendo só movimentos de ar.

Os trabalhadores e as garotas pedalavam para as fábricas,

Entregando seus olhos ao verão,

E suas cabeças ao céu,

Sentados nas asas das vertiginosas bicicletas

Que assobiavam cruzando pontes, rosais, arbustos ao meio dia.

Pensei neles à tarde,

Talvez, depois do banho, cantem, comam e brindem o amor e a vida com uma

taça de vinho.

E, à porta, esperando, a bike imóvel porque só de movimento foi sua alma,

E ali, caída não é inseto transparente que viaja no verão,

Mas estrutura fria que sozinha recupera um corpo errante

Com a urgência e a luz,

Ou seja, com a ressurreição de cada dia.

(Pablo Neruda, 1956)

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